Saúde de Alagoas pede socorro após governador Paulo Dantas demitir 398 profissionais
A Saúde de Alagoas vive uma onda de crises. A do momento, acontece após a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) cortar R$ 1,5 milhão dos recursos repassados à Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal). O corte gera a demissão de 398 profissionais de três hospitais-escola, Maternidade Santa Mônica, Portugal Ramalho e Hélvio Auto, além de mais cinco unidades de apoio assistencial da rede estadual.
A decisão do governador Paulo Dantas, que também resulta na suspensão de complementos salariais de servidores efetivos da Uncisal, põe em risco a qualidade dos serviços de saúde prestados à população alagoana. Como se não bastasse a precariedade do nosso sistema público de saúde, que já enfrenta dificuldades com déficit de mão-de-obra, aumento de demanda por serviços e falta de infraestrutura adequada.
As entidades de saúde alegam que a dispensa vai impactar diretamente na redução de atendimentos a recém nascidos e mulheres com gestação de alto risco, redução de atendimentos ambulatoriais, fechamento de leitos de enfermarias e UTIs, cancelamento de cirurgias e exames, dentre outros serviços essenciais prestados aos alagoanos.
Enquanto um verdadeiro caos se instala, o governador Paulo Dantas viaja, em mais uma de suas missões internacionais sem retorno para Alagoas, deixando, por ora, a batata quente nas mãos de seu interino, o vice-governador Ronaldo Lessa, que apesar de estar no exercício do cargo, não tem espaço político para resolver mais do que agendas mornas.