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Paralelo

Por Filipe Valões

Os desafios da promoção do turismo, a indústria-riqueza de Maceió

Até meados dos anos 1980 muita gente acreditava que a nossa grande vocação e força econômica estava na cana de açúcar. Tinha quem achasse também que a alternativa seria a exploração do solo, mesmo em áreas urbanas. Um erro enorme, como o tempo provou. Hoje nós sabemos que a indústria riqueza de Maceió é o turismo e tudo que ele agrega. Uma força da economia moderna, não poluente, mas que exige dos destinos cada vez mais criatividade e capacidade de oferta. Isso porque há dezenas de outras cidades e lugares disputando a atenção das pessoas. O turista de hoje é alguém que sonhava com dias de férias, tranquilidade e diversão no paraíso. Só nesta alta estação, Maceió será o paraíso sonhado para cerca de 1,5 milhão de pessoas.

O investimento no turismo exige capacidade e articulação para vender bem o destino. Fazer ele ser conhecido e desejado pelas pessoas. Maceió é a cidade mais procurada pelos brasileiros, como mostram os dados das principais agências online. Isso não é fruto do acaso ou da sorte. É resultado de um trabalho planejado junto aos agentes de viagem, operadores e companhias aéreas, para que os voos venham para cá. Uma engrenagem complexa, que exige recursos e capacidade de criar soluções.

Estamos realizando mais uma edição do Verão Massayó, um evento que está se consolidando entre as principais agendas da alta estação no país. Outras cidades do Nordeste, como Salvador e Fortaleza, fazem promoções semelhantes há décadas e sempre com excelentes resultados, atraindo grandes públicos. Criar possibilidade de programação ao ar livre, para que os turistas possam interagir com a população local, é uma estratégia utilizada por centenas de destinos mundo afora. No nosso caso, a movimentação financeira deixada pela edição 2024 do Verão Massayó gira na casa dos R$ 135 milhões.

O turismo é uma cadeia econômica que responde por 20% de nosso PIB. São mais de 50 atividades econômicas beneficiadas pelo setor, a maior parte formada por micro, pequenas e médias empresas. Isso faz a economia girar, mesmo que a pessoa não saiba que se beneficia do turismo. A cidade cheia quer dizer mais renda, mais oportunidades para a população. Para que possamos atrair novos “clientes”, que recomendem e queiram voltar, precisamos receber cada vez melhor. Ter espaços e serviços bons. Essa é a tarefa do poder público. Por isso, turismo jamais é gasto. Sempre é investimento.

Por Filipe Valões

Secretário Municipal de Comunicação de Maceió

Jana Braga