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Paralelo

Por Jéssica Diniz - Cada MInuto

Mandato único em Maceió só com a PEC da reeleição

Uma política pública precisa passar por algumas etapas essenciais para sair do papel como entrar na agenda política, ser formulada, entrar no hall de decisões etc. É o que está acontecendo agora mesmo no Senado Federal, Casa que está decidida a votar um novo Código Eleitoral, com o fim da reeleição para presidente, governador e prefeito, por meio de uma PEC em fase de elaboração.

Se o mandato único fosse uma política já implementada, então esse seria o impedimento mais palpável para evitar um segundo mandato de JHC em Maceió, isto é, só mesmo uma política regulatória, institucionalizada, para ser mais eficiente do que vários pré-candidatos destinados a tentar pulverizar os votos válidos no primeiro turno para levar o pleito ao segundo turno.

Quase um reconhecimento explícito de que a popularidade do atual gestor municipal não retrocederá, ainda mais após uma fracassada tentativa de polarizar as eleições em Maceió lá no próprio Senado por meio de CPI, o que não deu muito certo, por razões óbvias: a Câmara dos Deputados é logo ali, na concha voltada para cima. 

Apesar da complexidade da política, mandato único deverá ser mesmo o caso do sucessor de JHC, o próximo gestor após os dois mandatos do atual prefeito. Sucessor que comandará a prefeitura de Maceió por 5 anos, caso a PEC da Reeleição seja aprovada após dois turnos em cada Casa do Congresso Nacional, diferentemente de JHC que dificilmente precisará passar por dois turnos, o que seria um segundo fracasso, mas desta vez fora das dependências do Senado.

Jana Braga