Votação fechada pode alterar resultado na eleição da Câmara dos Deputados
Apesar de ainda não ter anunciado o candidato a presidente da Câmara dos Deputados, o grupo de Rodrigo Maia avançou na formação de um bloco de partidos. DEM, MDB, PSDB, PSL, Cidadania, PV, PT, PSB, PDT, PCdoB e Rede lançaram um manifesto para se contrapor à candidatura alinhada ao Palácio do Planalto, que é representada pelo deputado alagoano, Arthur Lira.
Por sua vez, Lira conta com o apoio do Progressistas, PL, PSD, Republicanos, Solidariedade, PTB, PROS, PSC, Avante e Patriota.
Em contagem cheia o grupo de Rodrigo Maia tem 281 parlamentares e o de Arthur Lira contabiliza 204 integrantes. Mas o apoio formal das legendas não garante o voto da bancada inteira. Em sistema de voto secreto, a eleição da mesa diretora terá dissidência dos dois lados, o que já acontece. É este voto individual que pode desequilibrar a projeção do número de cada partido para mais ou para menos seja para qual grupo for.
Podemos, Novo e PSOL somam outros 28 votos e ainda não definiram suas posições na eleição interna da casa.
Para ser eleito, o candidato a presidente precisa receber a maioria absoluta (257) dos votos no 1º turno ou ser o mais votado no 2º turno. A composição da mesa diretora tem ainda outros 10 cargos sendo dois vice-presidentes, quatro secretários e quatro suplentes.
Com apoio do Governo Federal, Lira tem alta capacidade de barganha.
Enquanto, o bloco de Maia tem o discurso de impedir que o Planalto tenha um presidente para chamar de seu.