Qual a estratégia de Fernando Collor?
Apesar da nota oficial da direção nacional do PTC, partido de Fernando Collor, conter expressamente a decisão da legenda em não lançar candidatura à presidência da República para a eleição desse ano, o senador insiste na pré-candidatura a presidente.
Que há um desacordo entre as partes está evidente, mas certamente Collor tem um objetivo, além de se manter na mídia. Ou acredita de fato que pode dobrar o partido até lá.
A tal pré-candidatura deu ao ex-presidente um círculo espontâneo de apoios de lideranças alagoanas. O que abre o caminho para reverter parte disso em votos para o filho, Fernando James, que se coloca como pré-candidato a deputado federal.
Poucos acreditam que ele seja novamente candidato a presidente e menor ainda é o número de pessoas que consideram viável tal candidatura. As pesquisas já apontaram alta rejeição nacional e uma ínfima intenção de votos.
O presidente nacional do PTC, Daniel Tourinho, foi procurado pelo Política 82 para se posicionar a respeito, mas não respondeu a tempo dessa publicação.
A manutenção de algo que já foi negado em cima há de ter uma justificativa própria que não revela. E provavelmente não vai revelar nunca. Mas se quer a oportunidade de passar a limpo o passado, é um direito que tem.
Parte da agenda do senador Fernando Collor e das postagens da sua rede social estão voltadas para o campo nacional. Embora, seja especulado na disputa local, até o momento, não deu nenhum indício a respeito.
Collor não apareceu no anúncio da aliança com os Caldas. Foi candidato a governador em 2002 e 2010 e perdeu as duas eleições para Ronaldo Lessa e Teotonio Vilela. Foi eleito há 32 anos atrás, quando derrotou Guilherme Palmeira.
O tempo para mistério eleitoral é curto.