Siga

Receba atualizações

Jana Braga

Por Jana Braga

Próximo prefeito de Maceió terá que se debruçar em ajuste fiscal

Apesar da concorrência, administrar uma Prefeitura no atual cenário brasileiro não é um mar de rosas, principalmente para quem tem compromisso, responsabilidade e vontade de realizar.

Um desafio a ser vencido todos os dias é o que espera os postulantes da eleição do próximo ano, que não vão desistir por este motivo. Quando se trata especificamente de Maceió, o próximo prefeito terá que formar uma equipe tecnicamente capaz para promover um ajuste fiscal que possibilite emplacar um trabalho na direção da expectativa dos cidadãos.

O próprio prefeito Rui Palmeira já externou que a folha de pagamento dos servidores municipais abocanha boa parte da arrecadação. E ainda disse que teme que o próximo prefeito tenha dificuldade de pagar salários em dia. O que é sempre um desgaste imensurável.

Manter serviços públicos é mais do que necessário, mas somente isto ao longo de um ou dois mandatos pode ser comparado à sensação de enxugar gelo.

Sem um pacote de medidas de austeridade para arrumar a casa e arcar com ônus e bônus de decisões como corte de gastos, renegociação de contratos, aumento de arrecadação e outras, o futuro prefeito da capital, seja quem for, está fadado à impressão de inércia pela pequena margem de condições de fazer investimentos com recursos próprios que terá para fazer jus à escolha do eleitorado.

Teria sido possível a atual gestão apertar mais o cinto. Mas por decisão ou indecisão política não o fez. Pelo tempo que resta para passar o bastão, cerca de um ano e meio, é algo que não se espera mais que aconteça.

Somente no ano passado, de acordo com informações da Prefeitura de Maceió, o repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que representa cerca de 40% da receita, teve um decréscimo de aproximadamente R$ 70 milhões. Enquanto a folha de pagamento cresce anualmente mais do que a inflação mesmo que não seja concedido reajuste. E o crescimento das despesas de custeio são uma constante em qualquer administração pública que não cuide das contas.

Espera-se que isto e muito mais seja do conhecimento de quem resolver colocar o pé na rua para pedir votos no ano que vem.

Depois de eleito.

Choramingar, não resolve.

Paralelo