Prestes a disputar a 12ª eleição, Ronaldo Lessa tem e não tem, mas pode ter

O ex-governador Ronaldo Lessa até relutou, mas terminou aceitando a ideia de encarar mais uma eleição majoritária na sua carreira política, que é vitoriosa ainda que tenha derrotas para contar - nenhuma por "nocaute" nas urnas. Ele ocupou praticamente todas as posições eletivas que um político pode conquistar, exceto, senador e presidente da República. Este ano, está pré-candidato a prefeito de Maceió.

Longe de ser um iludido politicamente, ele sabe melhor que muita gente o que significa disputar uma eleição desse porte depois de 37 anos do seu primeiro mandato como deputado estadual. E é válido que Ronaldo Lessa participe, se apresente como opção ao eleitor e ajude a enriquecer o debate em torno dos próximos quatro anos da Prefeitura da capital.

Junto com algumas lideranças temáticas e correligionários, o pré-candidato debate um Plano de Governo participativo, tenta ampliar a presença digital e se organiza sem cometer excessos nas ruas em decorrência da pandemia. No campo pré-eleitoral tenta unir alguns partidos, principalmente, aqueles mais próximos do seu espectro ideológico que ainda não têm compromissos e candidaturas próprias - não são muitos.

Tem a seu favor a experiência, o apoio da legenda (local e nacional), a boa colocação nas pesquisas, o fato de ser amplamente conhecido pelo eleitor (vale também para a rejeição) e uma parte do voto de opinião. Seu capital político aparece em todas as pesquisas realizadas até aqui. Mas, naturalmente, também terá muitos obstáculos pelo caminho. Se fosse possível definir uma saída para as dificuldades de campanha que virão pela frente em uma só palavra, no sentido figurado, fôlego seria o termo mais adequado.

É obviamente a outra parte que falta que Ronaldo terá que se reinventar para conquistar. Não será tarefa fácil do tipo que se predetermina uma fórmula sem no mínimo um acompanhamento qualitativo profissional.

No dilema do tem e não tem, mas pode ter, que Ronaldo Lessa pretende voltar ao cargo que ocupou entre os anos de 1993 e 1996.

Dentro ou fora do 2º turno.

Só no dia 15 de novembro.