Minúsculo no cargo, Paulo Dantas “esquenta” cadeira gigante
Cerca de 19 meses depois de assumir o Governo do Estado de Alagoas, Paulo Dantas ainda não demonstrou aptidão para tanto. A oportunidade única de entrar para a lista dos maiores políticos alagoanos tem lhe fugido às mãos pela falta de vocação, o mesmo obstáculo em que esbarra parte dos que ingressam na atividade meramente por serem herdeiros de clãs políticos.
A falta de liderança para fazer a gestão acontecer também é notória nos bastidores (sim, tem quem não acate e aja de encontro às determinações do governador). Também, em público, como a fatídica reunião (de quem terá sido a “genial e resolutiva” ideia?!) para a elaboração da Carta de Alagoas, quando o governador à frente do “plano perfeito” tropeçou na própria limitação argumentativa.
Apesar de ter sido legitimamente eleito, Paulo ainda não joga na Série A da política alagoana e muito menos da gestão pública. É como aquele time da divisão secundária que subiu ao grupo especial e dificilmente se manterá para o próximo campeonato. Sinais de ter chegado ao Palácio República dos Palmares pela avenida legal, mas não pela estrada natural.
Mesmo contando com um expressivo grupo de apoio (que também comenta em reserva as dificuldades do Governo), que chega por gravidade para seja quem estiver no poder, a relevância política e administrativa somente ele, o governador, pode se dar. Se fizermos o exercício mental de retirar do contexto os maiores e principais aliados como o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Victor, o senador Renan Calheiros e o ministro e ex-governador Renan Filho, veremos que pouco ou nada, em termos de capital político, Paulo Dantas construiu, tem, manterá. Reforçando o caráter do mandato de passagem para cumprir a necessária alternância de poder.
Com toda visibilidade e destaque do cargo, o atual governante de Alagoas continua sendo um político inexpressivo e desimportante. Assim encerrou o ano disputando fortemente o título de pior governador alagoano da redemocratização. Não tem visão de Estado, não tem independência nem identidade política, tampouco, determinação em fazer.
Evidentemente, menor do que o cargo. De modo figurativo, proporcionalmente, é como se estivesse sentado na Cadeira Gigante.
Aquele famoso ponto instagramável de Maceió.