Siga

Receba atualizações

Jana Braga

Por Jana Braga

A mais urgente necessidade política do senador Rodrigo Cunha

As três eleições - Assembleia (2014), Senado (2018) e Governo (2022) - em que Rodrigo Cunha disputou não foram os seus maiores desafios políticos. Sua maior dificuldade, nesta atividade que exerce pela vontade popular, será defender sua continuidade na Câmara Alta. E primeiramente, não se trata de vencer a eleição, mas de conseguir disputá-la.

É no campo das arrumações, dos acordos e dos ajustes - como queiram chamar - que os adversários do senador jogam com habilidade para goleada. A depender de quem serão os interessados (aqui também cabe aliados) nas cadeiras de Alagoas, no Senado Federal, este arranjo pode ser eleitoralmente fatal porque a eleição sempre começa antes da eleição.

Sendo a candidatura à reeleição o plano A para o ano de 2026. Em caso de plano B para 2024, terá força no seu grupo para emplacar como vice de JHC? E ainda, em um eventual plano C, para 2026, terá chapa para disputar na proporcional? São apenas questionamentos válidos.

Rodrigo perdeu a eleição do ano passado, além de uma campanha desorganizada, entre outros fatores, porque não se preparou devidamente para uma missão dessa magnitude. Ao contrário do seu adversário, o atual governador Paulo Dantas, que mesmo enfrentando muitos problemas, se esforçou para evoluir em suas visíveis limitações. O senador venceu assim, em 2018. Mas o raio não cai duas vezes no mesmo lugar.

Qual aprendizado político a derrota trouxe para Rodrigo Cunha? Somente ele pode responder. Ao fazer essa reflexão em forma de autocrítica chegará à evidência de que o que foi feito, até ali, não foi o suficiente. Conclusão: não pode continuar fazendo o mesmo.

Reinventar-se (não é fácil), sua necessidade mais urgente.

Muito, mas muito além do cavanhaque.

Paralelo