Exploração da Operação Casmurros vira caso de política
Ainda é cedo e completamente vago afirmar que a Operação Casmurros tenha impacto na conjuntura e no resultado das próximas eleições. O vice-governador e secretário de Educação, Luciano Barbosa, dito pela Polícia Federal na coletiva de imprensa, não está sob suspeita, até o momento.
Poucas informações concretas foram divulgadas pela PF e pela CGU até aqui, mas faz parte do ambiente político - que não é formado apenas pelos políticos propriamente ditos - a exploração ao máximo do ocorrido. O que é um caso de polícia virou um caso de política - até que os detalhes das supostas irregularidades venham à tona - promovido por setores que não fazem parte da investigação.
O que se pode considerar é que ilações - sejam pró ou contra - não são fatos. Mesmo que o universo digital tenha cada vez menos habitantes interessados em distingui-los.
Tentativas de fomentar um embate entre Luciano Barbosa e a Assembleia Legislativa também estão ou estiveram em curso.
De longe, a impressão que se tem é que a rotina do vice-governador não foi alterada. Não desapareceu, pois representou o Executivo no desfile cívico da emancipação de Alagoas.
E não ampliou sua exposição nem que fosse na tentativa - direta ou indireta - de diminuir qualquer desgaste.
Fora isto, quem dever - comprovadamente - que pague.