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Jana Braga

Por Jana Braga

Disputa entre Arthur Lira e Rodrigo Maia sai do plano direto, mas se intensifica

Após o Supremo Tribunal Federal rejeitar a possibilidade de reeleição dos presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, de acordo com a Constituição Federal que a veda na mesma legislatura, o deputado federal Arthur Lira tem um cenário pela frente sem o atual presidente da casa, Rodrigo Maia.

Com a preferência do presidente Jair Bolsonaro e sem um concorrente bem avaliado no Congresso Nacional, no mercado e na opinião pública, o alagoano segue em rota de articulação.

Em outra via, o grupo de Maia, que ainda não tem uma candidatura definida, mas tem cinco ou mais possibilidades, adotou o discurso pela independência da Câmara para evitar o avanço de pautas de interesse isolado do bolsonarismo. Justamente, para se contrapor à aproximação de Arthur Lira com Bolsonaro, mas pode faltar coesão com mais de uma candidatura.

Pode-se concluir que da mesma maneira que o governo tem poder de fogo para alterar a eleição da mesa diretora com o toma lá dá cá, antes rejeitado por Bolsonaro, há um movimento de congressistas para convencer os pares a manter a casa blindada de interferências.

Ambos os lados negociam espaços na direção da casa e nas comissões temáticas. E o Governo Federal pode fazer propostas ainda maiores como ministérios e outros cargos federais em Brasília e nos estados.

Enquanto essas duas alas se movimentam tendo o centro como ponto de partida, os partidos de oposição poderão ser decisivos, se não decidirem por fragmentar a disputa.

A queda de braço eleitoral entre Arthur Lira e Rodrigo Maia saiu do plano direto, mas não deixou de existir.

Pelo contrário.

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