Collor segue apontando semelhanças entre o seu Governo e o de Bolsonaro
Foi destaque no Correio Braziliense uma entrevista do senador Fernando Collor, que tem aceitado falar com a imprensa nacional um pouco mais do que o usual. Ainda que nunca de improviso, embora a oratória não lhe seja uma dificuldade.
Collor segue apontando semelhanças do seu governo com o do presidente Jair Bolsonaro. E para o senador a falta de uma base política no Congresso Nacional é o maior erro do atual presidente pela própria experiência que teve ao renunciar ao cargo em função do avanço de um processo de impeachment, em 1992, e que acabou por ser mesmo assim impichado.
Com a eleição de Bolsonaro, Collor - que havia sido candidato a governador de Alagoas no mesmo pleito e desistido da candidatura durante o processo eleitoral - ressurgiu demonstrando ânimo com o novo presidente, mas o estado de coisas do cenário político nacional tem levado o senador para um campo mais crítico ao governo.
Ele evita prenunciar o que vai acontecer, o que seria um exercício de absoluta futurologia, mas é enfático ao dizer que governo sem base sólida não dura.
Aos 70 anos de idade, o jovem governador de Alagoas que se elegeu como o primeiro presidente da redemocratização brasileira, em 1989, ficou para trás. Ganhou, perdeu, é alvo de inquéritos, se tornou réu no Supremo Tribunal Federal, onde já foi absolvido, vê as empresas de comunicação da família passarem por dificuldades, antes consideradas um império em Alagoas, e certamente, terá uma caminhada difícil se optar pela reeleição ao Senado.
Pode, então, dizer o que tem dito:
“Já vi esse filme”.