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Jana Braga

Por Jana Braga

Collor fala para o Brasil e afasta especulações locais

O senador Fernando Collor participou de entrevista nacional, na Rádio CBN, reafirmando a pré-candidatura a presidente da República. Sobre a nota oficial do PTC, que tornou público o entendimento do partido ao qual é filiado em não apresentar candidatura própria, disse que a condição de se lançar, nesse momento, é inerente a vontade de quem se coloca como opção.

Justificou a opinião da legenda como uma discussão que acontece também em outras agremiações sobre a cláusula de barreira, onde os partidos ainda não têm certeza se manterão candidaturas nacionais ou se focarão em candidaturas locais, especialmente, a deputados federais que determinam o peso partidário na propaganda eleitoral e nos fundos que custeiam as eleições e as atividades partidárias.

Sobre as intenção de voto que tem, ainda baixa de acordo com as pesquisas divulgadas recentemente, o ex-presidente disse que em 1989, antes de ser eleito, tinha menos do que atualmente.

Enfatizou que não será candidato ao Governo de Alagoas, embora considere uma honra, o projeto é nacional. E frisou que não tem simpatia por nenhum outro presidenciável, alem dele mesmo.

Entende que no passado faltou diálogo com o Congresso Nacional e isso gerou uma mágoa que se transformou numa hostilidade, e assim, em um processo de impeachment.

Quer ser presidente de novo pela experiência adquirida e considera que pode oferecer propostas e debates importantes para o país e citou algumas áreas que poderia atuar. Entre elas, uma nova abertura comercial, redução do Estado, regularização das contas públicas, criação de um ambiente de negócios mais propício à iniciativa privada, e claro, dar atenção ao Congresso, homenageando a classe política com uma reforma abrangente e profunda em um sistema que agoniza.

E não hesitou responder a entrar a temas como o impeachment de Dilma Rousseff, Governo Temer, Operação Lava a Jato e a prisão de Lula.

Verdade, que Fernando Collor fala pouco com a imprensa. Mas pelo teor da entrevista deveria - não somente em função da pré-candidatura - dar a todos uma maior oportunidade de ouvi-lo.

Como disse, deseja se submeter ao julgamento do povo.

Nada mais justo.

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