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Jana Braga

Por Jana Braga

A coligação de Rodrigo Cunha

O que se pode considerar em relação a coligação do candidato Rodrigo Cunha é que há um grande desconforto. Afinal, existe a contradição de se apresentar como uma nova e diferente opção política numa aliança formal com Collor e Biu.

Foi o próprio Rodrigo que afirmou não ser farinha do mesmo saco, em um vídeo que divulgou ontem (domingo). A declaração mostra o incomodo e também deve incomodar, mas o pragmatismo do tempo na propaganda eleitoral falou mais alto para todos.

Na coligação formal entende-se que as candidaturas de Fernando Collor, Benedito de Lira e Rodrigo Cunha se ajudam mutuamente. Na campanha eleitoral, a atuação de Rodrigo como candidato, todos sabem, será e já está sendo solo.

Nesse aspecto, é possível fazer um comparativo com Heloísa Helena, que sairá sozinha de fato e de direito numa candidatura a deputada federal sem aceitar coligar com candidatos que fogem do seus viés político.

O distanciamento é da vontade de Rodrigo Cunha. É possível que no decorrer da eleição isso traga problemas internos para o candidato. Principalmente, se começar a crescer ao ponto de incomodar o outro candidato a senador da chapa, Benedito de Lira. Sobretudo, por não ter controle nas decisões da coligação. Tampouco, uma voz que o faça, com o enfraquecimento de Rui Palmeira diante dos demais do grupo.

A campanha de Rodrigo Cunha já está clara. Será com apoiadores voluntários, muita internet e poucos rostos políticos.

Se vai funcionar só saberemos no dia 07 de outubro.

Mas não será nada fácil enfrentar a força política dos demais candidatos.

Ninguém se iluda.

Paralelo