“Café frio” pode atrapalhar Rui Palmeira no PSDB

Há um ditado que político em fim de mandato até o café é servido frio. Fácil de ser constatado na prática por quem conhece de perto as estruturas de poder. Embora, o café seja apenas uma metáfora.

A atual situação do prefeito de Maceió, Rui Palmeira, no PSDB pode vir a ser mais um exemplo disto. Rui insiste que quer um candidato do partido, mas já não tem mais muita tinta na caneta.

Em carta, recorreu à direção nacional do partido para que seja cumprida uma resolução que trata da prioridade das candidaturas tucanas. Claramente, os interesses eleitorais do prefeito se chocam com o do presidente do PSDB no estado, senador Rodrigo Cunha, que ainda tem 7 longos anos pela frente em Brasília. Não é segredo que Rodrigo tem inclinação para apoiar o deputado JHC, do PSB. Ao qual Rui tem dito que não admite como opção.

Mais um fator deve pesar contra Rui e a favor de Rodrigo. Pedro Vilela, sobrinho do ex-governador Teotonio Vilela e ex-deputado federal é suplente de JHC.

Há também um outro porém. A eleição de 2022 desperta o interesse de ambos (Rui e Rodrigo). E o apoio do futuro prefeito da capital é importante.

Pode não se transformar em uma guerra, mas é uma divergência anunciada. Talvez por isto, Rui Palmeira tenha se antecipado e colocado publicamente a defesa de uma candidatura tucana.

O prefeito pode até virar o jogo.

Mas está em desvantagem.