Aceitação popular de Alfredo Gaspar já era detectada desde quando foi secretário de Segurança
Apesar do peso das variantes que determinam a força de uma candidatura como apoios políticos, atividades de campanha, programas de rádio e televisão, o volume de candidatos proporcionais no entorno da coligação e o fluxo de apoiadores por gravidade, principalmente dos núcleos do Governo e da Prefeitura, o potencial eleitoral do candidato a prefeito de Maceió, Alfredo Gaspar, se tornou inquestionável.
Rapidamente, ele se apresentou um adversário de igual para igual com o antes considerado favorito, o candidato JHC, que tem 10 anos de atividade política, e por consequência, uma maior exposição do nome e da imagem junto ao eleitorado. E que conta com o candidato a vice, Ronaldo Lessa, de maior capilaridade eleitoral entre os demais que compõem as dobradinhas na majoritária de Maceió.
Primeiramente, o capital político de Alfredo é dele próprio como candidato, para a partir de então ser passível de outros pontos de avaliação que - evidentemente - também contribuíram e são importantes para os resultados nas pesquisas realizadas. Não cabe, por exemplo, atribuir a privilégio estrutural porque a campanha, até agora, não tem essa marca, segundo os dados que constam na plataforma da Justiça Eleitoral. Na média, o marketing político não entregou os melhores programa de televisão se comparado aos de outros candidatos. E a campanha de rua, quem acompanha os bastidores, sabe, não se enquadra na perfeição - se é que é possível.
Esse quadro de aceitação popular já era detectado quando Alfredo foi secretário de Segurança Pública. Claro, o trabalho desempenhado, que culminou na redução dos índices de violência, foi fundamental para o reconhecimento de parte da população. Vale lembrar que Alfredo Gaspar ficou apenas dois anos no posto e que o desempenho do Governo na Segurança se manteve depois da sua saída. Na época ele sequer utilizava as redes sociais, que não determinam, mas são canais de comunicação diária com o público. Porém, nas ruas, fosse acompanhando uma operação policial ou transitando no dia a dia, as abordagens de cidadãos simpáticos à imagem do servidor público já era realidade.
Obviamente, desde que começou a aparecer como candidato a prefeito a visibilidade aumentou. Mas os números poderiam ser diferentes, pois a maioria dos ex ou atuais ocupantes de cargos no Estado ou na Prefeitura não têm capilaridade eleitoral para encarar uma eleição majoritária em Maceió, ainda que contassem com o mesmo conjunto.
Embora, o cenário tenha se apresentado entre Alfredo Gaspar e JHC caminhando para continuar a disputa no 2º turno, a campanha eleitoral segue para todos os candidatos.
Até que os verdadeiros patrões decidam.
O povo.